1. |
A Origem da Agonia
12:17
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Buscando por desejos, encontrei o desespero
Um vazio que machuca
Feridas translúcidas que me levam a loucura
Com passos lentos induzidos a morte
E pensamentos que corrompem a noite
Dopado por químicas que me tornam insone
Eu convivo com dores que calmamente me consomem
Perdido em meu próprio universo
Eu me torno um só corpo com o desespero
Eu estava vestindo um corpo vazio, imóvel, pálido e frio
Sem mais razões para a minha vida, enfim despertei
A Origem da Agonia
A dor ecoa em lágrimas intensas, e o sofrer da alma afogaram todas as minhas crenças
Cada perda, cada sonho, súbitas revelações que destruíram o meu mundo
Cada choro, cada vela, suplicando ao chão, por que nada mais me resta
A flor da morte desabrochou, soluços e lágrimas de dor
Pétalas auroras ao sol, partilham com o vento podridão
Eu estava vestindo um corpo vazio, imóvel, pálido e frio
Sem mais razões para a minha vida, enfim despertei
A Origem da Agonia
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2. |
Valsa dos Infelizes
06:08
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Seja bem vinda e não seja tímida
Os prantos que trouxestes, eu quero que os sinta
Segure firme a minha mão, e não penses em mais nada
Se agarre a tua fúria e eu trarei a tua calma
Dance comigo esta canção
Em meio as cicatrizes
Dou-lhe meu sangue em tuas mãos
Na valsa dos infelizes
Dance comigo esta canção
Em meio as cicatrizes
A morte baila no salão
Na valsa dos infelizes
Eu me sinto segura em tuas mãos
E nesta noite eu entendo
O medo não me deve razão
Balanço calmamente, seguindo o teu movimento
Passos lentos, olho no olho
Aprecio a cada momento
Danço contigo esta canção
Em meio as cicatrizes
Dou-lhe meu sangue em tuas mãos
Na valsa dos infelizes
Danço contigo esta canção
Em meio as cicatrizes
A morte baila no salão
Na valsa dos infelizes
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3. |
Autoquíria
05:44
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As corujas levantam voo
O céu exala enxofre
O germe aflora no interior
Tornando a carcaça podre
Ao soar de chirrios no córtex
A flor crescida busca a morte
Nutrida por fluviais tristezas
Seus ramos turvos pintarão a noite
O sangue escorre por suas mãos
Suas pernas estão presas ao frio chão
O sangue escorre por suas mãos
Autoquíria
Um libertar que acarreta em mortes
Vazios se alastrarão por sua culpa
Com o emocional pesado e inconstante
A cada segundo o seu corpo afunda
Os vidros foram todos quebrados
Já não existe nenhuma salvação
A sociedade extermina de novo
Fodendo mentes com tanta pressão
O sangue escorre por suas mãos
Suas pernas estão presas ao frio chão
O sangue escorre por suas mãos
Autoquíria
Os vidros serão trocados
Aquele salto será esquecido
A vida tem um valor penoso
Todos nós seremos substituídos
O sangue escorre por suas mãos
Suas pernas estão presas ao frio chão
Autoquíria, ou libertação?
Desespero, ou condenação?
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4. |
Ode à João Pessoa
06:04
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A grama verde está fria, e só o som das aves ecoam
Ao anuviar o dia, o céu geme em garoa
Todos vestem chuva, deplorando pelo silêncio
Desconhecidos pela vida, unidos pelo sofrimento
Pernas caminham tristes em passos rápidos ao centro
Arborizadas histórias em curvas de festas e lamentos
Cada mente busca conforto em delírios de verdade
Com lentes de vidro fosco, enxergamos a cidade
Com suas lágrimas, ela os intimou
Todos abriram os olhos, e só pra ela
(um olho sangrou)
Com suas súplicas, ela os intimou
Estavam quase lúcidos quando o outro
(o outro olho fechou)
Toda manhã vemos o principio
E o seu germe misterioso
Enfrentamos primeiro a luz
Como estilhaços de fogo...
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5. |
Pássaros
05:19
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Deitado em sete luas
de lírios brancos
espinhos em ventanias
mascaras aos prantos
pálidos casulos
que queimam o olhar
tuas feições inconformadas
lágrimas...
E o tempo não esquece
a dor que nos causou
quando as lágrimas entorpecem
pulsos choram por amor
das lágrimas que choro
brotam memórias
afogo-me no posso
das nossas próprias historias
com meu triste sorrir
adorno o vácuo
ressoando no meu peito
um alaúde de pássaros
E o tempo não esquece
a dor que nos causou
quando as lágrimas entorpecem
pulsos choram por amor
pulsos choram por amor
pulsos choram por amor
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6. |
Alvorecer
06:25
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Vagando pelos campos de flores pálidas
Entre almas feridas de amores destroçados
Do precipício olhei aos céus
Tua luz fúlgida me arrebata
Afagado pelo escuro, bradei teu nome errante
Ouvindo o sopro do desespero
Na foz infértil das súplicas
Ajoelhado em meu desterro
Teu ar silente ecoa em minha fronte
Sedenta ao brilho de um novo alvorecer
Dissimula a tua face
Entre a sombra e a luz
Entrego meu corpo as chamas da salvação
Almejando teus lábios tocar
Que meus sentimentos sejam depositados nesta terra infértil
E suma as cinzas
Dissimula a tua face
Entre a sombra e a luz
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7. |
Desespero
03:44
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Há fome nas vielas
Alimentando as feridas
Há facas nas costelas
Sangrando cada vida
Nas entranhas da morte
Vários se perderam
Presos ao frio mármore
Unidos pelo desespero
Presos ao celeiro
Banhados pelo desespero
Todos vestem cinza
Enfileirados pela ilusão
Cegos para a guilhotina
Cada existência é em vão
Acorrentados pelo conforto
Invisual para a realidade
A vida não é um presente
É um abismo de calamidade
Presos ao celeiro
Banhados pelo desespero
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8. |
Entre Vermes eu Respiro
04:58
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Víboras e larvas
Rastejam no templo das covas rasas
Profundas palavras
Evocam a entidade descarnada
Eis me aqui
Filho da tormenta
Com a carne exposta
E as juntas trêmulas
Fixo o olhar ao horizonte
E vejo um lastro de pele agonizante
Podridão, faça de asilo o meu caixão
E os meus ossos, ao pó retornarão
Entre vermes eu respiro
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9. |
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As corujas levantam voo
O céu exala enxofre
O germe aflora no interior
Tornando a carcaça podre
Ao soar de chirrios no córtex
A flor crescida busca a morte
Nutrida por fluviais tristezas
Seus ramos turvos pintarão a noite
O sangue escorre por suas mãos
Suas pernas estão presas ao frio chão
O sangue escorre por suas mãos
Autoquíria
Um libertar que acarreta em mortes
Vazios se alastrarão por sua culpa
Com o emocional pesado e inconstante
A cada segundo o seu corpo afunda
Os vidros foram todos quebrados
Já não existe nenhuma salvação
A sociedade extermina de novo
Fodendo mentes com tanta pressão
O sangue escorre por suas mãos
Suas pernas estão presas ao frio chão
O sangue escorre por suas mãos
Autoquíria
Os vidros serão trocados
Aquele salto será esquecido
A vida tem um valor penoso
Todos nós seremos substituídos
O sangue escorre por suas mãos
Suas pernas estão presas ao frio chão
Autoquíria, ou libertação?
Desespero, ou condenação?
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Ode Insone João Pessoa, Brazil
Ode Insone is a Gothic Doom Metal band formed in 2018 in the city of João Pessoa / Brazil. The band already has three albums,Relógio (2018), A origem da agonia (2019) e Isolamento: Do silêncio à poesia (2020).
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